Nos dias 18 e 19 de maio levantamos voo e fomos espalhar coalas no The Next Web Conference Europe 2017, em Amsterdã. Foram dois dias muito intensos, com muito aprendizado, contatos e mentes abertas. Além do line-up de palestras incríveis, com nomes como Brian Halligan, Ryan Hoover, o evento tem um programa de startups que envolve um dia de demo booth, reuniões com investidores, mentores e outras empresas e a chance de fazer um pitch, competindo com diversas startups na nossa categoria.
Nós já conhecíamos a The Next Web como aquele portal de notícias de tecnologia, mas não conhecíamos o evento e nos últimos meses – desde a aplicação até a participação – pudemos aprender muito com essa experiência. Foi o primeiro evento internacional e o nosso primeiro contato com um público fora da América Latina.
Por que o The Next Web Conference?
A Umbler é uma empresa brasileira, com sede no Brasil e clientes brasileiros, então por que nos aventuramos em um evento europeu? Quando lançamos a nossa nova interface e mostramos os nossos planos para o futuro, falamos sobre nossos objetivos de internacionalizar a Umbler, iniciando nosso processo na América Latina. E, para podermos internacionalizar, precisamos conhecer o mercado, entender as dores dos nossos potenciais clientes e testar a nossa ideia. O TNW Conference, por reunir 15.000 pessoas de diversos países, nos pareceu uma ótima oportunidade para tudo isso. Amsterdã, além de ser uma cidade maravilhosa, têm crescido muito como um polo de startups e oferece muitas oportunidades para empresas.
Também optamos por participar do evento por causa de uma das ideias centrais de como a Umbler funciona: nós precisamos de comunidades para crescermos. Assim como aqui no Brasil nós buscamos entender e apoiar o mercado de agências e desenvolvedores, na Europa iniciamos esse processo. Queríamos conhecer os desenvolvedores web, os freelancers, as agências e todo o ecossistema que poderíamos apoiar e que poderiam nos ajudar a crescer. Também fomos com o objetivo de contratar uma pessoa para atuar como embaixadora da Umbler na Europa, participando de eventos, criando contatos e ajudando a espalhar a nossa marca por lá e fomentar essa comunidade que é tão importante para nós.
E, por fim, um dos motivos pelos quais optamos por dar esse salto é uma frase muito dita por aqui: Se queremos ter resultados diferentes, precisamos fazer coisas diferentes.
Programa de Startups TNW Conference
Para participar do programa de Startups, submetemos a Umbler criando um perfil no Index.co e conversamos com o pessoal responsável pela seleção. Fomos uma das 50 startups selecionadas no programa Scale – para startups que estão no momento de escalar.
Conforme conversamos com Sebastien Toupy, responsável pelo programa de startups, empresas de todas as partes do mundo podem tentar se submeter ao TNW desde que tenham planos de globalização:
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Durante os dois dias, conhecemos muitas startups interessantes, algumas que chamaram a nossa atenção:
- Wordlift.io: Plugin para WordPress para auxiliar na criação de conteúdo e SEO.
- Social.co : Plataforma para as marcas manterem contato com influenciadores digitais.
- Salesflare: Ferramenta de CRM com dados automatizados.
Dia 1 – 18/05
Demo Booth
A nossa demo booth foi no primeiro dia de evento. Foi um dos melhores momentos, pois quando realmente pudemos falar com as pessoas, conversar, explicar o que é a Umbler e validar a nossa ideia. Conseguimos fazer contatos muito importantes, que certamente nos ajudar na nossa expansão.
A Umbler está presente no #TNW2017, o maior evento de #startups do mundo, espalhando boas ideias e coalas! ?❤ #Umbler #CloudHosting pic.twitter.com/oDKzaelQds
— Umbler (@umbler) May 18, 2017
Pitch
Sem sombra de dúvidas o momento mais assustador/incrível da nossa ida ao TNW Conference. Fomos uma das 20 startups selecionadas para fazer o pitch e convencer o júri de investidores a “comprar a nossa ideia”. Tínhamos um minuto e um slide apenas. Foi a primeira vez que fazíamos um pitch, e em outra língua. O nervosismo antes do pitch foi enorme, mas a experiência e a adrenalina foram incríveis.
Dia 2 – 19/5
No segundo dia aproveitamos para assistir às palestras nas três trilhas – Digital Innovation, Media & Marketing e Entrepreneurship & Talent – e fazer reuniões. A qualidade do conteúdo foi um ponto muito forte: contando situações reais de empresas que admiramos. Na trilha Media & Marketing, uma das melhores foi a do Brian Halligan – CEO e fundador do Hubspot – que falou sobre a diferença entre Startups e Scale-ups de forma bem clara: starting is easy, scaling is hard. Contando a história do Hubspot – e falando de forma muito aberta sobre os próprios erros que ele cometeu/comete, Halligan foi inspirador, especialmente ao falar sobre a importância de fomentar a cultura da empresa, quem segundo ele, deve ser desenvolvida com o mesmo esforço com que se desenvolve o produto.
“Never been easier to start a company. Never been harder to scale also” #startups #TNW2017 // @bhalligan pic.twitter.com/G8tfsBNRlP
— stefan ceunen ️ ⚡️ (@the_stef_han) May 19, 2017
Em Entrepreneurship & Talent, duas sessões de perguntas e respostas foram muito marcantes: Ryan Hoover, criador do Product Hunt, contou como a maior plataforma para lançamento de produtos surgiu – como um projeto paralelo, inicialmente uma newsletter. Depois da palestra, ele ainda respondeu exclusivamente para nós a principal dica para lançar um produto de sucesso:
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Outra sessão de perguntas muito inspiradora foi a do Michael Pryor, co-fundador do Trello. Nem precisamos dizer o quanto somos fãs do Trello – eles já apareceram nos nossos posts e podcasts.
Ele contou como foi o processo de venda do Trello para a Atlassian, falou sobre como saber quando é a hora de vender uma empresa. Para ele, a aquisição não foi difícil, porque as empresas tinham valores semelhantes, mas ponderou que agora todo o processo de decisão é mais complexo, porque toda a decisão gera mais impacto. Outro ponto positivo de fazer parte de um grupo maior é que agora eles têm mais verba para investir em marketing, já que antes contavam quase que exclusivamente com boca a boca. O Michael Pryor ainda conversou com a gente depois e deu o segredo do sucesso para aproveitar melhor a ferramenta:
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Mais uma palestra importante, especialmente para mim: Jeany Ngo, designer do Airbnb falou sobre um tema muito comum: Síndrome do Impostor. Sabe aquela voz que fica na sua cabeça dizendo que você não está pronto/não sabe tanto/não tem as qualidades necessárias? Foi sobre isso que ela falou, sendo muito aplaudida no final.
@gojeanyn embracing the imposter. @umbler on #TNW2017 pic.twitter.com/AVRxBZSFA5
— Bruna Goss (@bmgoss) May 19, 2017
A questão humana da tecnologia foi um dos assuntos que mais me chamou a atenção na grande da conferência. É muito importante pensarmos em como usamos a tecnologia enquanto pessoas e como está afetando as nossas relações humanas. Algumas palestras, como a do Nir Eyal e da Galit Ariel, falavam sobre esse assunto. Ainda neste tópico, nos dias 16 e 17 de maio, aconteceu em Amsterdã a Codemotion, outro evento de tecnologia. Lá, o Ben Straub falou sobre como mudar a cultura de uma empresa através de Javascript – usando Bots do Slack. Vale a pena conferir aqui.
Foram muitas outras palestras e encontros inspiradores. Dois dias de muito aprendizado. Separamos algumas das principais lições que aprendemos por lá:
- O evento ajudou a nos mostrar que estamos seguindo em um bom caminho, validou as nossas hipóteses sobre como a Umbler pode ajudar agências e desenvolvedores;
- Muitas empresas passam por dificuldades semelhantes, principalmente na etapa de escalar;
- A cultura da empresa precisa ser tratada com muita importância e faz a diferença em um momento de crescimento;
- O objetivo da empresa precisa estar muito claro para todos os colaboradores;
- O Brasil é a bola da vez e muitas empresas querem começar a fazer negócios aqui;
- Quando for lançar um produto, crie uma pequena, porém fiel audiência ao invés de buscar fórmulas mágicas de como fazê-lo explodir;
- Crescimento é sempre mais fácil de ser medido do que qualidade, porém é a qualidade que vai manter o crescimento;
- Um dos maiores desafios é descartar ideias “sensacionais” dos times – temos que saber dizer não;
- Por fim, como a Jeany Ngo disse: Celebrate all wins!
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